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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Augusto Comte e Pernambuco

 Um fato muito interessante que Ivan Lins brilhantemente recorda em sua obra - História do Positivismo no Brasil - é o conhecimento de Augusto Comte em relação ao estado de Pernambuco.



 

No boletim positivista, Godofredo de Sousa Pinto, filho do escritor positivista Dr. Antônio de Sousa Pinto publicou um artigo intitulado “Um brasileiro que conheceu Augusto Comte”.

O positivista pernambucano Antônio Pereira Simões, autor da obra em dois volumes - Romance de Augusto Comte, publicado em 1897, narrou a Luciano Sousa Pinto ter ouvido de um velho senhor de engenho de Pernambuco haver tido a oportunidade de conhecer Comte na casa de Nísia Floresta. 

" Augusto Comte trajava sempre uma sobrecasaca escura, com gravata branca. À sua entrada, todos se inclinavam respeitosamente, e dentro em pouco, dominava a conversa geral, cercado da admiração coletiva, frequentemente interrompido  pela admiração entusiasta de Dona Nísia Floresta. Recordava-se o velhinho de que Augusto Comte lhe perguntara se ele era espanhol, e tendo respondido ser brasileiro, do mesmo país de Dona Nísia, o filósofo indagou de que parte. Ao  saber que era de Pernambuco, Augusto Comte  lhe observou prontamente " Ah, sim, do extremo oriental da América  do Sul". Augusto Comte era, em geral, o primeiro a retirar-se, sendo acompanhado até à porta por grande maioria dos presentes, entre os quais estava sempre Dona Nísia. Certa vez, Dona Nísia perguntou ao nosso compatriota pernambucano " Que me diz deste homem? Guarde sempre a lembrança de haver apertado em minha casa a mão do homem mais extraordinário do século".

O trecho transcrito da obra de Ivan Lins, nos reforça ainda mais a grandiosa importância de Augusto Comte. Felizes foram os que tiveram o privilégio de compartilhar instantes de sua vida com a grande figura do Mestre Comte. 

A missão de todos os positivistas hoje é exatamente essa: levar as pessoas que ainda o desconhecem, a belíssima trajetória de Augusto Comte. Em nenhum momento de sua vida Comte quis buscar ser divino, mas nos mostra que é plenamente possível alcançarmos estágios de iluminação com a aplicação diária do amor.

Saúde e Fraternidade,
Luiz Gustavo Mota



O trecho citado encontra-se nas páginas 36 e 37 da obra " História do Positivismo no Brasil"

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Luís Pereira Barreto : um positivista em São Paulo

Caros amigos,

Compartilho meu trabalho referente a disciplina de Filosofia, que tinha como objetivo contar a história de personalidades que foram ativas no campo religioso e ajudaram na conjuntura de nosso país.  Nesse trabalho relembrei de forma breve a trajetória de Luís Pereira Barreto, homem que contribuiu a nação brasileira e ao Positivismo Religioso.



Luís Pereira Barreto, Academia de Medicina de São Paulo



Luís Pereira Barreto nasceu em Resende-RJ em 1840. Conforme narra Ivan Lins em sua obra “História do Positivismo no Brasil” Luis Pereira Barreto em 1860 foi estudar medicina em Bruxelas onde teve contato com a doutrina positivista por intermédio de Marie de Ribbentrop, que foi exímia participante dos cursos de História de Comte.

A partir daquele momento, Pereira Barreto se incorporou a doutrina positivista buscando conhecer o íntimo de Augusto Comte e Clotilde de Vaux, fundadores do Positivismo.

Ivan Lins narra trocas de correspondências entre Barreto e Laffitte, que foi um apóstolo muito próximo de Comte. “Venho pedir-lhe licença para participar do subsídio positivista e também ter a honra de assistir à comemoração da morte de nosso venerado e saudoso Augusto Comte”.

Já formado em medicina, Pereira Barreto fixa residente na capital paulista.

Nas décadas de 1930-40, houve em São Paulo, conforme narra Lins, uma Sociedade Positivista em SP.

Além de uma participação ativa no campo religioso, Luís Pereira Barreto também recebe grande reconhecimento no campo médico e biológico. Ele foi um dos pioneiros a estudar os usos do hoje conhecido guaraná. Também teve atuação como  escritor e filósofo. Barreto também foi exímio na medicina cirúrgica e partos.

Ligado a Sociedade Paulista Positivista, Pereira Barreto foi um positivista atuante em São Paulo. Foi um dos pioneiros em espalhar a boa-nova de Augusto Comte em terras paulistas. 

Vale ressaltar também que Luís Pereira Barreto trabalhou pelo fim da Monarquia no Brasil e a instauração de uma República. Foi presidente da Assembleia Constituinte de São Paulo.

Trabalhou intensamente em meados do século XIX a fim de combater a febre amarela, surto que assolou todo estado. Seu trabalho em prol de ajudar a população chamou a atenção do governo paulista, que resolveu em 1887 convida-lo para trabalhar com outras equipes médicas com a intenção de resolver epidemias.

Seu prestígio dentro da medicina foi muito grande, e em decorrência disso, por unanimidade, foi escolhido como presidente da atual Academia de Medicina de São Paulo.

Além dessas atuações, Pereira Barreto também atuou no ramo da agricultura. Foi proprietário de diversas fazendas de plantação de uva. É difícil imaginar, mas a cidade de São Paulo já foi centro de plantação e cultivo de uvas. O clima da região favorecia para se produzir plantações saudáveis. Interessado por temas ligados à biologia, Pereira Barreto pode analisar aspectos ligados às plantações, em especial as de uva.

 Esse belíssimo sentimento atingiu o espaço de todas as doutrinas. Não podemos negar que grandes personalidades que vivem e viveram tiveram até de forma involuntária o altruísmo, trabalhando assim por unidade fraterna. Esse sentimento de poder cooperar em prol do bem comum, da evolução conjunta também esteve presente na vida de Luís Pereira Barreto.



segunda-feira, 10 de agosto de 2020

O Catecismo Positivista e o Diálogo Inter-Religioso

A meu ver não há dúvidas da importância do diálogo inter-religioso em nossa conjuntura atual, a importância das doutrinas religiosas dialogarem em busca de um bem comum. Costumo dizer que as diferentes doutrinas são inúmeros caminhos que nos levam para o mesmo objetivo.

 Essa prática cada vez mais ganha convicção e é aplicada pelos verdadeiros líderes religiosos, que possuem como objetivo a união e não a desunião.

Augusto Comte e o Catecismo Positivista : foto extraída do site Amazon.

Transcrevo abaixo a fala do nosso Mestre Augusto Comte que se encontra na página 405 de nosso Catecismo Positivista.

" Todas essas críticas da teocracia devem ser consideradas, minha filha, como tão frívolas quanto as acusações de Santo Agostinho contra o conjunto do politeísmo e as recriminações de Voltaire contra o catolicismo. Nenhum regimen pode merecer tais censuras sinão durante sua decadência. Nunca teria surgido nem prevalecido si a maior parte de seu domínio não houvesse sido suficientemente conforme com a nossa natureza, e mesmo assas favorável aos nossos progressos".

Por mais que Augusto Comte reconheça o retorno da teocracia hoje como um retrocesso, na passagem acima ele reconhece sua importância e a defende das acusações de Santo Agostinho, que era crítico da teologia greco-romana e acreditava que sua origem seria de fontes diabólicas. A teocracia é uma tendência natural humana que está sempre em processo de idas e vindas.

Quanto as falas de Voltaire, Comte defende o catolicismo. Para Voltaire, os lados negativos que o catolicismo provocou ao mundo ao longo do tempo, ganhava um peso enorme e grande conotações. Comte na passagem do Catecismo Positivista, reconhece um tanto quanto exageradas as falas de Voltaire e mostra seu respeito e reconhecimento que houve benefícios católicos para a Humanidade.

O meu objetivo em citar esse pequeno trecho de nosso querido Mestre, e mostrar mais uma vez o quanto Comte esteve anos luz a frente de seu tempo. Com paciência, amor e serenidade,  Augusto Comte apresenta em meados do século XIX que é possível um novo modelo em que o amor seja a força que rege todas as outras. 

Em tempos de intolerância, rogo a Mãe Humanidade para que os ideais de Comte ganhem nossos corações. 

Saúde e Fraternidade, 

Luiz Gustavo Mota - positivista ortodoxo.


terça-feira, 14 de julho de 2020

Uma resposta a Carla Zambelli

Olá pessoal!

Referentes as falas de Carla Zambelli sobre o Positivismo, não poderia de não enviar minha resposta. Talvez por inúmeros fatores, a Deputada desconhece o que é a doutrina. Segue abaixo minha resposta para ela.

 "Caríssima Deputada Carla Zambelli, espero que esteja bem. Nesse momento difícil pelo qual passamos, manter todos os cuidados são de extrema importância. No dia 5 de Julho a senhora disse em sua conta no twitter a seguinte colocação abaixo.


"Os positivistas são o pior câncer do Brasil.

E se não batermos de frente com eles, de nada terá valido todo o esforço de tirar o PT do poder, as reformas etc.

A escravidão a que estamos submetidos é de desanimar qualquer um que esteja batendo de frente com o establishment."


Como positivista, posso dizer que a senhora não entendeu o que é Positivismo. Não sabe das lutas dos positivistas por uma sociedade igual, não vinculada a nenhuma organização religiosa, livre da escravidão e sobretudo, por  um povo feliz.
Não gosto de usar o termo "câncer", pois esse termo remete a uma doença extremamente cruel. Imagino que talvez a senhora, felizmente, não teve algum familiar ou conhecido vítima desse terrível mal.

Olhando a nossa situação atual, posso apontar inúmeros fatores, estes sim, os grandes e verdadeiros  vilões em nosso país. Um país que sofre com a corrupção desenfreada, com altíssimos números de mortos e infectados pelo COVID, com uma absurda desigualdade social, com governos que trabalham pela desunião de seu povo, em vez de unir a nação. Esse são pouquíssimos fatos que cito para mostrar o quanto são os REAIS problemas da população brasileira.



Uma agressão ao Positivismo é um fato totalmente desprovido de sentido. Não existem no governo nenhum conhecedor de Augusto Comte. Se houvéssemos conhecedores desse nosso grande Mestre, acredito que teríamos um novo sentido.



Como conhecimento não ocupa espaço, recomendo à senhora a leitura do livro " História do Positivismo no Brasil" de Ivan Lins. Envio abaixo a obra em PDF, e certamente você mesma poderá ver como suas ações são mal colocadas.


Vamos bater de frente em quem realmente é maleficio a nossa nação. Todos os positivistas não merecem ofensas da senhora, que nem ao menos buscou conhecer sobre aquilo que fala.

"Embora o positivista reze sobretudo para expandir seus melhores afetos, ele pode também pedir, nobres progressos. " - Augusto Comte - Catecismo Positivista - Página 105

PDF - História do Positivismo no Brasil 
https://bdor.sibi.ufrj.br/bitstream/doc/369/1/322%20PDF%20-%20OCR%20-%20RED.pdf


Saúde e Fraternidade,
Luiz Gustavo Mota, positivista ortodoxo."


quinta-feira, 2 de julho de 2020

Semelhanças e diferenças entre o pensamento positivo e positivismo religioso

O nome Positivismo causa muita confusão e leva as pessoas que não possuem muito conhecimento da doutrina de Augusto Comte entender que seu pensamento é "um apanhado de  bons pensamentos e boas teses, ou frases sublimes que deixarão meu dia melhor". Hoje iremos fazer uma síntese sobre isso.


Positivismo - Conceito e resumo de suas características

Primeiro vamos a definição de positivo.Segundo Augusto Comte " O Positivismo é real, útil, certo, preciso, orgânico, relativo e simpático". Foi em tentar resumir todas essas definições em uma só palavra, que Augusto Comte atribuiu a doutrina o nome de Positivismo.

O pensamento positivo é algo que deve estar na vida de todos os seres humanos. Os impulsos simpáticos devem, necessariamente, se sobressair sobre os impulsos egoístas. Dessa forma, podemos dizer que o pensamento positivo está inserido no Positivismo Religioso.

Dentro da doutrina podemos afirmar que o positivista deve ser positivo. Ao mesmo tempo deve combinar o seu otimismo com aquilo que os fatos revelam. Essa combinação entre o real e o ideal caracteriza uma verdadeira positividade.

A pessoa que crê no poder do pensamento positivo acredita que um pensamento possa atuar de dentro para fora. Aquilo que eu mentalizo acaba ocorrendo graças ao poder do pensamento. Para Comte, o pensamento positivo atua de dentro para dentro. Ele não necessita de forças exteriores, mas muda a pessoa que pensou, predispondo a uma ação que terá por consequência uma ação positiva.

Vamos a um exemplo. Uma pessoa, por alguma razão, precisou amputar o braço. Ela inicia um pensamento positivo em prol que o seu braço crescerá novamente e sua vida voltará a ter a antiga normalidade. Sabemos que mesmo que seja importante o pensar positivo, essa ação não será concretizada pois está em contradição com os fatos.
Mas se essa mesma pessoa não der à amputação um peso excessivo, e entender que todas suas capacidades mentais e motoras estão em funcionamento, e conseguir compreender que é possível uma vida de qualidade e feliz, a pessoa mudou o que lhe causava perda e transformou esse sentimento em uma nova oportunidade em sua vida.

No Positivismo querer não é poder, mas sem o querer sem a força do desejo, nada pode acontecer ou mudar. Uma pessoa que não deseja nada não terá iniciativa para nada, ou seja, também não poderá mudar nada que deseje mudança.

Saúde e Fraternidade,

Luiz Gustavo Mota


Referências bibliográficas

https://www.estudopratico.com.br/positivismo-conceito-e-resumo-de-suas-caracteristicas/ - Acesso em 02.07.2020 - Foto de Augusto Comte

terça-feira, 2 de junho de 2020

A questão racial e o Positivismo

A luta contra o racismo ganhou espaço nos cenários internacionais após a covarde morte do americano George Floyd por um policial branco. George não obteve possibilidade nenhuma de defesa e foi morto brutalmente. No Brasil houve recentemente o caso João Pedro, onde um jovem negro de 14 anos foi morto por policiais de forma brutal. O caso ocorreu em São Gonçalo-RJ.

É profundamente triste que ainda em nossos dias se precise dizer que somos iguais. Nossas cores não criam nenhuma diferenças entre nós. Temos todos as mesmas condições intelectuais, fisiológicas e motoras. Infelizmente ao decorrer do tempo o homem criou barreiras ilusórias de superioridade entre as raças, algo que ainda está muito aflorado em nossa sociedade.

CNTTL e FESTTT apoiam Condutores do Vale do Paraíba e repudiam ...
Foto extraída de CNTTL


O Positivismo veste a camisa contra o racismo a muito tempo. No início do Brasil República, nos temos de trajetória dos grandes positivistas como Benjamin Constant, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, o Positivismo já mostrava sua batalha pela igualdade racial.
Só era aceito nos grupos positivistas aqueles que não possuíssem escravos. Em um período em que se ter escravos era um " costume ", esse ação implantada pelos positivistas é sem dúvida uma razão de quem compreendeu de forma verdadeira o que é o altruísmo, palavra criada pelo pai do Positivismo. O livro História do Positivismo no Brasil, do escritor Ivan Lins, nos mostra uma passagem muito interessante.
"Abolicionista de longa data, libertando os escravos que, por herança, recebera sua senhora, e convencido, afinal, da necessidade de eliminar um governo que se caracterizara pela inépcia com que pretendia esmagar o movimento liberal da nação, Benjamin interpelou o general Deodoro sobre a extinção da escravatura, pedindo-lhe declarasse haver o Clube Militar adotado, como divida, a abolição.
Isso ocorreu a 25 de outubro de 1887 e, atendendo-lhe ao pedido, dirigiu Deodoro, em nome do Clube, uma petição á Princesa Isabel solicitando-lhe não mais empregasse o Exército na captura de escravos."  

No caso específico do Brasil, a escravidão durou 3 séculos e ainda sentimentos grandes reflexos contra negros, indígenas e toda a população carente. O escritor Larry Rother, biógrafo do positivista Marechal Rondon ressaltou na divulgação de sua biografia que Rondon não foi reconhecido como maior explorador dos trópicos e até mesmo receber o prêmio Nobel da Paz simplesmente por racismo.

A luta pela igualdade racial é um dever de todos, e todos possuem responsabilidade sobre essa causa. A Humanidade nos faz irmãos superando a diferença entre os seres. Essa deve ser a causa, que não só o positivista, mas todo o ser humano deve ter como ideal. 

Saúde e Fraternidade,
Luiz Gustavo Mota


Referências:

Lins, Ivan - História do Positivismo no Brasil. Acesso em: 02.06.2020

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Uma resposta à Folha de São Paulo

Olá pessoal

Compartilho minha resposta enviada a Folha de São Paulo, após um ataque a figura de Augusto Comte.

Bolsonaro exclui Folha de S.Paulo de licitação e diz que boicota ...
Logo da Folha de São Paulo

" Caríssimos

No dia 20 de março a Folha de S.Paulo publicou uma matéria do matemático Marcelo Viana sob o título " Em busca da estrutura do átomo". Já nas primeiras linhas de seu texto o autor cita a seguinte passagem


Título : Em busca da estrutura do átomo
Subtítulo : O filósofo Auguste Comte disse que usar matemática na química seria uma aberração; falou asneira

" O filósofo Auguste Comte, de quem tomamos o lema de "ordem e progresso", escreveu em 1930:
"Toda tentativa para usar métodos matemáticos no estudo de questões da química deve ser considerada profundamente irracional e contrária ao espírito da química. Se a análise matemática alguma vez vier a ter um papel proeminente em química - uma aberração que é felizmente quase impossível - isso causará uma rápida degeneração desta ciência". Marcelo Viana encerra o parágrafo dizendo " Essa não foi a única asneira de Comte."

É nítido para quem conhece a figura de Augusto Comte um erro já nas primeiras linhas do texto . Ele cita que a suposta fala seria de 1930, o que seria impossível, pois o fundador do Positivismo faleceu em 1857. Concluímos assim que a frase se encontra fora de contexto.

A crítica de Augusto Comte em relação a química foi na chamada teoria das proporções definidas. Segundo essa teoria, os átomos só podem se combinar uns com os outros numa determinada proporção específica.

Com o decorrer do tempo e a evolução química mostrou que o pensamento de Comte estava correto - átomos estão presentes em mais de uma proporção.

Quando à análise matemática, Comte fez restrições ao uso irrestrito de formas matemáticas, mas vale ressaltar que a restrição vale para todas as ciências. Existem materialismos físicos, matemáticos e de todas as ciências. No Catecismo Positivista, Comte faz a classificação das 7 ciências - matemática, astronomia, física, química, biologia, sociologia e moral. A moral é a chefe de todas as ciências, e deve reger todas afim de que o objetivo da ciência seja o bem comum.

 Comte afirma que " Tudo é relativo eis o único principio absoluto". O mundo é muito mais complexo do que a matemática pode definir, por essa maneira ele não elabora pesquisas para desenvolver fórmulas matemáticas para tudo.

Para quem realmente entende Augusto Comte, fica nítido a forma brilhante que ele trabalhou em benefício da Humanidade. Ao longo dos anos, por inúmeros fatores os ensinos de Augusto Comte ganharam significados diferentes daquilo pregado pelo fundador do Positivismo. Por isso afirmo que a melhor forma de conhecer a doutrina e o pensamento de Augusto Comte é buscando as fontes originais, ou seja, lendo as obras de Comte.

 O dever de todo positivista para o nosso tempo é defender e mostrar realmente a visão de seu Mestre sobre as questões acerca do mundo. Não estamos dispensados de críticas, desde que as mesmas tenham fundamentação naquilo que Comte ensinou.




Saúde e Fraternidade

Luiz Gustavo Mota, positivista ortodoxo


Para quem tiver interesse, segue o link da matéria de Marcelo Viana
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marceloviana/2020/05/em-busca-da-estrutura-do-atomo.shtml

Augusto Comte e Pernambuco

 Um fato muito interessante que Ivan Lins brilhantemente recorda em sua obra - História do Positivismo no Brasil - é o conhecimento de Augus...