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terça-feira, 2 de junho de 2020

A questão racial e o Positivismo

A luta contra o racismo ganhou espaço nos cenários internacionais após a covarde morte do americano George Floyd por um policial branco. George não obteve possibilidade nenhuma de defesa e foi morto brutalmente. No Brasil houve recentemente o caso João Pedro, onde um jovem negro de 14 anos foi morto por policiais de forma brutal. O caso ocorreu em São Gonçalo-RJ.

É profundamente triste que ainda em nossos dias se precise dizer que somos iguais. Nossas cores não criam nenhuma diferenças entre nós. Temos todos as mesmas condições intelectuais, fisiológicas e motoras. Infelizmente ao decorrer do tempo o homem criou barreiras ilusórias de superioridade entre as raças, algo que ainda está muito aflorado em nossa sociedade.

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Foto extraída de CNTTL


O Positivismo veste a camisa contra o racismo a muito tempo. No início do Brasil República, nos temos de trajetória dos grandes positivistas como Benjamin Constant, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, o Positivismo já mostrava sua batalha pela igualdade racial.
Só era aceito nos grupos positivistas aqueles que não possuíssem escravos. Em um período em que se ter escravos era um " costume ", esse ação implantada pelos positivistas é sem dúvida uma razão de quem compreendeu de forma verdadeira o que é o altruísmo, palavra criada pelo pai do Positivismo. O livro História do Positivismo no Brasil, do escritor Ivan Lins, nos mostra uma passagem muito interessante.
"Abolicionista de longa data, libertando os escravos que, por herança, recebera sua senhora, e convencido, afinal, da necessidade de eliminar um governo que se caracterizara pela inépcia com que pretendia esmagar o movimento liberal da nação, Benjamin interpelou o general Deodoro sobre a extinção da escravatura, pedindo-lhe declarasse haver o Clube Militar adotado, como divida, a abolição.
Isso ocorreu a 25 de outubro de 1887 e, atendendo-lhe ao pedido, dirigiu Deodoro, em nome do Clube, uma petição á Princesa Isabel solicitando-lhe não mais empregasse o Exército na captura de escravos."  

No caso específico do Brasil, a escravidão durou 3 séculos e ainda sentimentos grandes reflexos contra negros, indígenas e toda a população carente. O escritor Larry Rother, biógrafo do positivista Marechal Rondon ressaltou na divulgação de sua biografia que Rondon não foi reconhecido como maior explorador dos trópicos e até mesmo receber o prêmio Nobel da Paz simplesmente por racismo.

A luta pela igualdade racial é um dever de todos, e todos possuem responsabilidade sobre essa causa. A Humanidade nos faz irmãos superando a diferença entre os seres. Essa deve ser a causa, que não só o positivista, mas todo o ser humano deve ter como ideal. 

Saúde e Fraternidade,
Luiz Gustavo Mota


Referências:

Lins, Ivan - História do Positivismo no Brasil. Acesso em: 02.06.2020

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